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Investimento anjo da guarda
Chamou pouca atenção na mídia a divulgação da parceria firmada entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) com a ONG Anjos do Brasil durante o primeiro Congresso de Investidores Anjo, realizado em São Paulo.
Mas deveria
O acordo projeta um novo cenário para o empreendedor brasileiro, especialmente do mercado de TIC que continua liderando o ranking brasileiro em termos de volume de fusões e aquisições.
Segundo a Revista Exame PME de julho de 2013, houve mais de 800 fusões e aquisições envolvendo empresas brasileiras em 2012 e mais de 200 só no primeiro trimestre de 2013. Além disso, as transações que envolviam até 100 milhões de reais passaram de menos da metade para mais de 70% e foram prioritariamente de investidores estratégicos de capital nacional.
Apesar de não serem modalidades novas no Brasil, os termos investidor estratégico e financeiro têm sido frequentes na mídia e seus representantes vem acelerando inúmeros negócios em todo o território nacional, fruto de um movimento iniciado por aqui há mais de 10 anos e que já apresenta cases de sucesso reconhecidos nacional e internacionalmente. Apesar dessa efetividade, causam ainda muita confusão na cabeça de empreendedores com pouca ou nenhuma formação em gestão.
A importância dos investidores estratégicos
Investidores estratégicos são empresas que compram cotas de outra a fim de obter acesso a uma determinada tecnologia, produto ou serviço sem ter todo o dispêndio de desenvolvimento desde a concepção inicial até alcançar escala, aumentando a capacidade de faturamento e o acesso a novas geografias em menor espaço de tempo.
O investimento financeiro, por outro lado, ocorre quando as aquisições são realizadas por investidor anjo, fundos de venture capital ou private equity.
A definição do investidor financeiro está mais diretamente ligada ao tamanho do empreendimento do que a alguma característica específica de mercado ou linha de produtos e normalmente o negócio escala de uma categoria para outra a medida em que alcança novos patamares de receita.
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O MDIC tenciona a criação de políticas públicas favoráveis ao ‘investimento anjo’, direcionado a empresas nascentes, inclusive empreendimentos de base tecnológica. A ONG, por sua vez, pretende acelerar a consolidação do segmento e acessar os empreendedores brasileiros que estão “na crista da onda” recentemente.
No final do dia, todos saem ganhando com novas políticas de fomento a startups, acesso estruturado a dinheiro barato e uma visão mais sistêmica de empreendimento estratégico. Em especial o empreendedor que fica mais próximo dos benefícios mais valiosos que um conselheiro mais experiente pode trazer: o conhecimento estabelecido do fazer e as conexões facilitadas com os mercados consumidor e financeiro.
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